all the things i could, if i had a little money…

ah.. eu nem comentei duas de minhas preciosas
aquisições de viagem 🙂 vamos lá.

ZIZEK, Slavoj. Lacrimae rerum. Ensayos sobre cine moderno
y ciberespacio. Madrid: Debate, 2006.

Um dos teóricos mais lúcidos da Europa,
o esloveno* Zizek tem figurado na minha lista
de autores favoritos, principalmente pq vem se
dedicando a falar de suspense e sci-fi
– gêneros ignorados por uma pá de teóricos
da literatura e do cinema com sua arrogância high culture.
Nessa coletânea de ensaios ele fala de
Tarkovsky a Matrix, passando por Hitchcock e Lynch.

O que nos leva à segunda aquisição,
comprada em um típico sebo em Málaga:

Cyberpunk, mas alla de matrix
de Horacio Moreno. Ed. circulo Latino, 2003.

Durante a pesquisa da minha tese quase
me matei atrás desse livro, até que não conseguindo
deixei passar pq o enfoque dele não é exatamente teórico
e até pq agora que o possuo, vejo que tenho
todos os outros autores que ele cita.
Mesmo assim, um pesquisador obsessivo
não deixa as coisas passar em branco
e por uma daquelas olhadelas quase descuidadas
numa estande de fotografia do sebo,
ele caiu com tudo na minha mão.
Ele fala mais da disseminação da estética
cyberpunk, principalmente através
da trilogia Matrix, mas apresenta uma penca
de exemplos cinematográficos, de animação,
HQs e por ai vai. O legal é que ele fala
bastante de animes, o que já é positivo 🙂
porém, senti falta de algo mais “musical”
(sobre a subcultura industrial que eu pesquisei bastante) ,
anyway vale pelas belas imagens, o papel…tuuudo!

>> e eu que até pensei que abandonaria
os estudos sobre sci-fi…hehehehe
mas eles é que não me abandonam.
Ainda bem que aos poucos minha crise
pós-defesa de doutorado vai passando
e vou retomando de onde parei.

* que coisa, acho que o leste europeu
tem lançado coisas bem legais, um outro esloveno,
alexei monroe tem artigos e lançou um livro fantástico
(é a tese do cara na área de cibercultura)
sobre música eletrônica e comunicação
que me ajudaram bastante.
Além disso, ele é fundador da
banda industrial Laibach,
o que já é credencial suficiente.