Short Circuit – Festival de Eletrônica

Na sexta 13/5 e no sábado 14/5 o selo britânico Mute Records promoveu um evento em Londres (onde mais meus filhos, onde mais?) chamado Short CircuitA Festival of Electronica. O festival celebrava as produções do selo e a cultura eletrônica,  misturando gente muito conhecida do casting do selo com produções e artistas atuais. Acompanhei via twitter através da hashtag #mutesc. Admiro muito o posicionamento e os artistas da Mute e, entre eles estavam no encontro, Nitzer Ebb, Moby, T. Raumschmiere, Richie Hawtin, Erasure, Riyuch Sakamoto, Laibach, Martin Gore e Dave Gahan (Depeche Mode), Recoil, entre outros. Além dos shows também rolavam palestras, bate-papos, exposições de filmes e instalações sonoras. Quem conhece um pouco de eletrônico alternativo ou pós-punk oitentista sabe a importância que esse selo tem por ter revelado gente do calibre do Depeche Mode e estilos como o #synthpop e o #post-rock. A cobertura da @sidelinemag e de selos como o Syndrom Records expuseram muito bem o que estava rolando no festival. Para quem quer compreender melhor sobre a importância desse selo no contexto inglês e para a úsica eletrônica mundial, recomendo ver o documentário SynthBritannia.

Taí algo que certamente não teria espaço no BR, cuja dificuldade atávica em lidar com cenas/nichos que não sejam  ligados a um certo “hipponguismo de raíz”  ou a “um banquinho e um violão” é pública e notória.

Finalizo meu post com três perfomances que marcaram o festival:

1) Momento Reach out and touch faith. A jam entre o Recoil e Douglas McCarthy (Nitzer Ebb) “desconstruindo” o clássico Personal Jesus

2) Momento #iloveoldsynth com Vince Clarke (Erasure) + a diva Alison Moynet cantando o clássico Nobody’s diary do Yazoo

3) Para fechar o som #industrial esloveno do Laibach com WarmLeatherette – imperdível

Feliz Dia do EBM 24/2 #ebmday

Hey você que pensa que as únicas coisas bacanas que a Bélgica produziu foram Stella Artois e chocolates. Pois saiba que na década de 80 do século passado esse pequeno país produziu um subgênero da música eletrônica (eles também produziram o new beat) que o colocou dignamente no mapa da música. EBM significa Electronic Body Music e no dia de hoje (24/2) em homenagem aos pais do estilo, o Front 242, é comemorado o International EBM Day. Para celebrar, dançar e bater cabeça, duas canções clássicas:

Primeiro, Tribatura com Lack of Sense lançada originalmente em 1987

Aproveitando o cunho “político” de algumas das letras do gênero e mostrando ainda ser relevante e atual dado o atual contexto da Líbia, a revista SideLine postou no You Tube um vídeo com a música Funkhadafi e o vídeo já está bombando na rede.

We who are oppressed love those who fight against oppression
and the oppressors.

Em tempo, analisei brevemente a movimentação da tag #ebmday em 2010 no Twitter ano passado no paper Práticas de Fansourcing que deixo para vocês como apertivo para pensar nas práticas relacionadas à música. Mas aguardem, que conforme havia prometido, mais tarde vou colocar alguns trechos de um texto de Alexei Monroe sobre a formação dos gêneros EBM/ industrial / techno. Stay tuned. Enquanto isso, EBM@Work .