Feliz Dia do EBM 24/2 #ebmday

Hey você que pensa que as únicas coisas bacanas que a Bélgica produziu foram Stella Artois e chocolates. Pois saiba que na década de 80 do século passado esse pequeno país produziu um subgênero da música eletrônica (eles também produziram o new beat) que o colocou dignamente no mapa da música. EBM significa Electronic Body Music e no dia de hoje (24/2) em homenagem aos pais do estilo, o Front 242, é comemorado o International EBM Day. Para celebrar, dançar e bater cabeça, duas canções clássicas:

Primeiro, Tribatura com Lack of Sense lançada originalmente em 1987

Aproveitando o cunho “político” de algumas das letras do gênero e mostrando ainda ser relevante e atual dado o atual contexto da Líbia, a revista SideLine postou no You Tube um vídeo com a música Funkhadafi e o vídeo já está bombando na rede.

We who are oppressed love those who fight against oppression
and the oppressors.

Em tempo, analisei brevemente a movimentação da tag #ebmday em 2010 no Twitter ano passado no paper Práticas de Fansourcing que deixo para vocês como apertivo para pensar nas práticas relacionadas à música. Mas aguardem, que conforme havia prometido, mais tarde vou colocar alguns trechos de um texto de Alexei Monroe sobre a formação dos gêneros EBM/ industrial / techno. Stay tuned. Enquanto isso, EBM@Work .

Reactable Mobile

Da série, #euquero

E a Reactable (ompanhia que surgiu da iniciativa de um grupo da Universitat Pompeu Fabra na Espanha e responsável por aquele brinquedinho que os fanáticos por música eletrônica cobiçam) acaba de lançar o aplicativo Reactable Mobile, disponível para iPad, iPhone e iPod Touch. Confiram ai:

48 horas

Minhas horas de vida estão de fazer inveja ao Jack Bauer de tanta correria. Minha mãe saiu do hospital após mais de 60 dias e encontra-se em recuperação, estamos nos revezando nos cuidados. Já tive reunião, dei aula e tento me organizar em Porto Alegre novamente. Aos poucos estou tentando colocar os emails e trabalhos atrasados em dia, mas tenham um pouco de paciência pois apenas hoje estou com internet em casa, finalmente!

Algumas coisas já se encontram em andamento e em breve darei notícias das novas publicações. O ebook organizado por mim e pelas colegas Maria Clara Aquino e Sandra Montardo, com os textos do DT Comunicação Multimídia do Intercom Sul já está no prelo. Stay tuned!

Enquanto isso, uma das melhores músicas/videos de toda história da música eletrônica…

Freak – LFO

Lembram quando produzir música com sintetizadores causava polêmica? Lembram quando Trent Reznor fazia synthpop?

Lembram de quando ícones da MPB fizeram passeata contra a inserção da guitarra na música brasileira nos anos 60? Bom, eu também não pois só sei isso pelos livros de história, mas tem um segundo episódio que esse sim eu posso dizer que vivenciei. Lembram nos anos 80 quando os “roqueiros” e outros músicos protestavam contra inclusão dos sintetizadores, sequenciadores e equipamentos eletrônicos na música? Pois é, em 1985 utilizar sons digitais e/ou misturá-los aos analógicos na produção musical pop ainda causava controvérsias e polêmicas a respeito de uma suposta “humanidade” implícita ao ato criativo que supostamente seria suprimida por instrumentos eletrônicos.

Imaginar que mais de 20 anos depois seria praticamente impensável a produção musical sem passar por alguma espécie de digitalização ou tecnologia de síntese faz com que tenhamos que relembrar essa história recente e observar os discursos da mídia em um período em que isso não era comum. Graças ao @lammel hoje pude fazer um breve exercício de arqueologia dos gêneros musicais e ainda rir muito, pois ele postou no Twitter o vídeo abaixo, uma matéria de um telejornal de 1985, da TV local de Cleveland, terra de Trent Reznor, um dos entrevistados dessa matéria (onde ele aparece bem novinho tocando um synthpop/technopop bem depechemodiano no duo Exotic Birds) sobre projetos musicais que utilizavam instrumentos eletrônicos. Sim, o nerdzão Thomas Dolby também aparece e afirma que instrumentos eletrônicos são instrumentos como qualquer outro. Muito bom para pensar historicamente a construção dos gêneros musicais e o jornalismo de música como mediador discursivo das transformações e inovações tecnológicas.

PS: O cabelo de Trent e o fato de que ele abriu para o Culture Club soam hilários se pensarmos em toda a estética soturna cultivada pelo NIN nos anos 90. Muito engraçado!