Repentinamente me dei conta do que
andava me incomodando.
Faltava poesia.
E nada como um poema bem creepy
para coroar uma sexta-feira.

Sendo assim só poderia recorrer ao grande mestre
bostoniense que inspirou Baudelaire.
Quando lembro que caminhei pelas ruas onde
Poe provavelmente andava pela noite,
bêbado, após uma maratona de jogatina.
Eu sempre me imaginava cruzando
as esquinas com a figura na noite em the hub.
E tentava pensar nas estórias
que ele teria para contar.

Esse poema causa shivers down my spine
porque quando o li a primeira vez,
apenas revi minha vida.

Alone

From childhood’s hour I have not been
As others were — I have not seen
As others saw — I could not bring
My passions from a common spring —
From the same source I have not taken
My sorrow — I could not awaken
My heart to joy at the same tone —
And all I lov’d — I lov’d alone —
Then — in my childhood — in the dawn
Of a most stormy life — was drawn
From ev’ry depth of good and ill
The mystery which binds me still —
From the torrent, or the fountain —
From the red cliff of the mountain —
From the sun that ‘round me roll’d
In its autumn tint of gold —
From the lightning in the sky
As it pass’d me flying by —
From the thunder, and the storm —
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.

E. A. Poe

>PS: tudo isso pq hoje eu infelizmente não poderei
estar no show do Sisters of Mercy em SP no Via Funchal.
Então deixa eu espraguejar, GRITAR BEM ALTO
e falar com os meus personal demons, pois
uma das minhas bandas favoritas tá aqui
perto e eu sequer posso ir. I´m broken.

>PS2: Sisters e Leonard Cohen
são trilhas perfeitas pra se ouvir
enquanto saboreamos um vinho ou bourbon
e lemos Poe in a slowly way.

>PS3:Pq eu sou um pouco masoquista,
estou aqui ouvindo temple of love
com o Sisters pra pensar no que to perdendo.