WIKIMANIA 2006 – Fui aceita!

Acabo de saber que o meu singelo paper
Subcultures and Wikipedia: subcultural capital
in a collaborative writing project.

foi aceito no Wikimania 2006
2nd Wikimedia Foundation Conference
que acontecerá na minha amada Cambridge, Massachussets
em Harvard Law School
de 04 a 06 de agosto de 2006.

Ainda estou sob um efeito lisérgico de ter recebido
essa notícia :). Ainda mais em um dia como hoje,
em que estava meio down.

Pena que ainda não sei se minha viagem será
possível, pois depende de conseguir sponsorship.

Your future’s so unclear now.

Dia cinza.
Tento colocar algumas leituras de volta ao prumo.
Estou em uma fase de auto-reflexão e auto-crítica aguda.
Penso nas circunstâncias de cada momento.
E como elas podem ser linkadas em frames ou
em pequenas micro-redes sociais.
I swallow my pride.

Volto ao PC.
Recebi um email com ótimas notícias literárias.
Sim, tem a ver com sci-fi e cultura pop.
E vai render algumas coisas. Espero.
É sempre a espera que me mata.
Depois de um período cheio de “nãos” e “senãos”,
volto a ter uma ponta de esperança. Talvez.
Culpa do meu politicamente incorreto doce gaúcho,
“o negrinho”, ou brigadeiro
como falam mais pra cima do país.

Depois de uma conversa direta e semi-desiludida
com uma grande amiga na semana passada,
vejo muitas nebulosas por ai.
Sinto-me quase a Beauty School Drop-out:

Baby get moving (Baby get movin),
Why keep your feeble hopes alive?
What are you proving (What are you provin)?
You’ve got the dream but not the drive.

A soundtrack de Grease me acompanha e faz com que um
sorriso meio de lado saia de fininho.
Eu ainda sei todas as letras de cor,
mesmo depois de tanto tempo.
Lembro de dias mais difíceis,
contudo não menos felizes.
Dias em que um nescau e um miojo
valiam mais do que sashimi.
Que um café no meio da tarde
era um luxo mais do que bem vindo.

Voltando às circunstâncias, o barulho das buzinas
fica para trás. Ignoro a euforia alheia
e concentro-me no refluxo de emoções,
na energia vital que supostamente corre everywhere.
Em nosso embate cotidiano pelos poderes e saberes
perdemos um pouco do foco central.
Repentinamente, num dia qualquer sem nada de especial
alguém some e deixa uma lacuna irreparável.
E, todas as memórias parecem fazer parte
de um pequeno implante com data e código de série
que vai ser guardado em uma gavetinha empoeirada.

Ah, o tempo.
Os mais amestrados dizem que ele cura tudo.