…uma songpost na madrugada
apresenta um lado “meiguinho”
de uma garota despretensiosa…
quem sabe amanhã eu volto ao meu estado normal? rs
For twenty seven years I’ve been trying
To believe and confide in
Different people I found…
Já dizia o Richie na década de 80,
“a vida tem dessas coisas”.
A insônia me fez ficar vagando entre
livros e teorias. E depois, ou melhor, antes
veio a poesia de Blake e Poe.
No meio disso, muitos mp3s, letras de músicas,
até chegar em antigos arquivos não-empoeirados.
Reli alguns posts do meu primeiro blog,
lá em 2002 e 2003. A evolução é bem nítida.
A vida deu muitas reviravoltas e aprendi
que certos caminhos são necessários,
mesmo que dolorosos.
Se houvesse um sistema Qualis para medir
as publicações emocionais, diria que eu saí
de um C Local para um A Internacional…
Some of them got closer than others,
And some wouldn’t even bother,
And then you came around.
I didn’t really know what to call you,
You didn’t know me at all,
But I was happy to explain.
Foi muito estranho ver o quão pessoal
era o jeito que eu escrevia.
Relembrei bons e maus momentos.
E consegui visualizar uma espécie de cadeia de acontecimentos
que acabaram por me trazer a este presente.
Rupturas e continuidades.
O presente que eu escolhi ou pelo qual fui escolhida?
(se pensarmos em uma perspectiva de “destino”)
Uma verdadeira rede cheia de nós e hubs.
Uma sequência de eventos, ações e escolhas.
Se mexer em uma, embaralha todas as outras.
I never really knew how I’d move you,
So I tried to intrude through
The little holes in your veins.
O mais irônico disso tudo são coincidências,
os “deja vus”, as falhas na matrix.
Aqueles micro-instantes em que a vigilância
baixa a guarda e as sensações traem os humanos.
O eterno retorno é implacável.
A reconstrução de valores torna-se necessária.
Mais uma etapa no caminho do devir.
And I saw you.
But that’s not an invitation,
That’s all I get,
If this is communication,
I disconnect…
I’ve seen you, I know you,
But I don’t know how to connect,
So I disconnect…
E o problema da linguagem
é também sua mais bela característica:
ela não consegue dar conta do pensamento.
You always seem to know where to find me,
And I’m still here behind you,
In the corner of your eye.
I never really learnt how to love you,
But I know that I love you,
Through the hole in the sky,
Where I see you
And that’s not an invitation,
That’s all I get.
If this is communication,
I disconnect…
I’ve seen you, I know you,
But I don’t know how to connect,
So I disconnect…
Ainda remexendo nos meus X-Files,
deparei-me com essa canção que eu ouvi
um monte há três anos.
E simplesmente a evitei por anos, meses.
Mas é tão absurdamente linda
que não tive como não ouví-la no repeat
e pensar que, apesar de tudo,
eu não poderia ter tido uma vida diferente.
Ou estaria presa, como certas pessoas que
conheço, em uma eterna espiral de imaturidade.
Mesmo assim, ainda tenho probleminhas
e transtornos com as conexões.
Os sistemas operacionais entre os seres humanos
são quase todos incompatíveis…
Há vários conflitos.
No entanto, muito raramente a configuração
parece dar tão certo que a gente não acredita.
E daí? Como legitimamente humanos,
erramos com toda a pompa e circunstância.
Well, this is an invitation,
It’s not a threat,
If you want communication,
That’s what you get.
I’m talking and talking,
But I don’t know how to connect.
And I hold… a record for being patient
With your kind of hesitation.
I need you, you want me,
But I don’t know how to connect,
So I disconnect.
I disconnect…
É, a Broo tem razão.
Quando eu crescer quero escrever letras
como as da Nina Persson.
Cambio, desligo.
End of message.
(Communication – The Cardigans)
Assista à versão ao vivo, aqui.