Um breve fimde em SP: quadrinhos, romantismo e musique non stop

Estou de volta após uma merecida fuga em direção a SP durante o final de semana. Além de descansar, bater perna e reencontrar pessoas, minha viagem foi bem proveitosa. Vi a mostra sobre quadrinhos alternativos norte-americanos e brasileiros na Gibiteca do Centro Cultural São Paulo, que apesar de pequena (a exposição) é bem significativa com artistas como Crumb, Angeli, entre outros. 
Paisagem com pastores, de Alessandro Magnasco
No MASP vi as gravuras de Chagall e refleti bastante sobre a exposição Romantismo: a arte do entusiasmo. Quanto mais leio, pesquiso e escrevo sobre o romantismo – e muito disso está na minha tese/livro e em alguns papers – percebo que ele continua tendo ressonâncias e influências interessantes na contemporaneidade e na dita cultura de massa (haja vista a tentativa bem sucedida comercialmente mas fracassada em termos de obra de coisas como Crepúsculo), mas isso é assunto para muitos outros posts/artigos. O que importa é que a visão de mundo romântica se desvela em alguns detalhes e continua tendo peso no que é produzido atualmente, mesmo que o crédito não esteja lá, as apropriações acontecem. Saí bastante “entusiasmada” (a intenção não era fazer esse trocadilho com o subtítulo da exposição, mas fazer o quê) para ler e escrever ainda mais sobre esse tema que continua me fascinando. 

Aliás, dentre as minhas aquisições de viagem, destaque para The rise of the gothic novel de Maggie Kilgour, ed. Routlege, 1995 e um óculos de sol novinho em folha em um tom de vermelho quase alaranjado, uma vez que perdi um dos meus óculos favoritos na semana passada. No mais, valeram os vários frapuccinos no Starbucks, salgados na Bella Paulista e encontrar vários conhecidos na festinha Urbanoise, embora a qualidade técnica do som estivesse bem difícil de engolir – nem sou tão chata assim, mas é que realmente comprometeu a performance dos lives. E agora, de volta ás tarefas, pois a semana vai ser muito corrida.

O caso TAM e o absurdo furto das coisas de dentro da minha mala rosa

 O início da confusão

Apesar de estar afundada em coisas por fazer, tentarei contar de forma resumida meu imbróglio com a TAM nessas últimas semanas, que embora seja offtopic aqui no blog é necessário. Quem me acompanha via Twitter deve ter visto meus posts, mas ainda senti que eu precisava contar as coisas em um texto um pouco mais longo aqui no blog. Tudo começou na segunda-feira dia 19 de outubro quando estava no aeroporto de Atlanta e fui informada no portão de embarque da Delta que meu vôo para Guarulhos-SP estava com overbooking e que 5 passageiros teriam de mudar de vôo e ir por um vôo via Santiago do Chile e depois pegar outro vôo para SP. Eu fui uma delas, e apesar da confusão não havia muito o que fazer e em vez de esperar mais um dia para embarcar – como havia também sido indicado – preferi ir naquele momento pois tinha que estar em Curitiba na quarta para dar aula. Na hora, a Delta me pagou um ressarcimento correspondente ao trecho e fui informada que minhas malas poderiam ser retiradas em SP.

O atendimento da TAM em Guarulhos e em CWB
Ao chegar em Guarulhos, minhas malas não estavam e como chegamos num vôo Santiago-SP da TAM (o JJ8027), foi através dela que abri a reclamatória pedindo as malas. Após muitos telefonemas para o departamento de bagagens em CWB, conseguiram localizar que minhas malas continuavam em Atlanta e que chegariam em SP somente na quinta-feira (dia 22/10). Na 6a. feira dia 23/10 fui informada que as malas seriam entregues na minha casa às 15h30. Eu enfatizei que tinha uma reunião às 18h30 e que as malas precisariam ser entregues no horário. Às 17h35 quando eu me preparava para sair, me entregaram as duas malas. Uma delas com a alça quebrada. Quando abri a primeira mala, levo um susto, ela se encontrava completamente remexida e sem a caixa do meu Playstation – que havia comprado em NYC. Além do videogame, levaram o jogo Guitar Heroe Legends of Rock que havia comprado lá e mais uma melissa roxa de veludo sem salto, praticamente nova, que comprei no mês passado e usei umas 2 vezes no máximo. A TAM sumiu com as minhas coisas. Fiquei indignada. Na mesma hora liguei para o departamento de bagagens da TAM do aeroporto de Curitiba onde apenas me deram evasivas e disseram não saber de nada, ainda alegando que provavelmente teria sido apreendido pela Receita. Liguei para a Receita em Guarulhos e me informaram que se caso tivesse sido apreendido, a TAM receberia uma notificação de tal fato. Não satisfeita, liguei para o Fale com o Presidente da TAM (0800123200) e abri um protocolo (21186886) contando todo caso. Fui informada de que haveria uma investigação interna e em até 5 dias úteis receberia uma resposta.

A investigação
Durante esses dias fiz um BO de Furto na Polícia  (inclusive o funcionário foi extremamente educado e me atendeu com agilidade e muito bem) e me informou que esses casos são bastante comuns e que é necessário reclamar e  entrar no tribunal de pequenas causas. Fui também até o Procon e abri uma queixa. Nesse meio tempo a TAM me ligou dizendo que eu deveria enviar um email para o depto. de malas do aeroporto de Curitiba mas não me disse qual documento eu deveria enviar, somente hoje fui informada que deveria scannear meu RG e enviar para eles, o que fiz agora pela manhã. Também fui informada que a investigação interna chegou à conclusão de que “houve conflito nas informações entre os aeroportos” e que já haviam aberto o processo de indenização para me ressarcir do prejuízo. Ora vejam que eufemismo bonito esse para dizer que a culpa deles e quem alguém furtou minhas coisas. Por fim, me informaram que dentro de 15 a 20 dias me dirão qual o valor do ressarcimento. Não vou esperar tudo isso. É um absurdo que tal fato tenha ocorrido e amanhã mesmo irei até o Pequenas Causas para ver como proceder. O que mais me irrita nisso tudo é a falta de esclarecimentos para o consumidor e o absurdo de ter minha mala violada. Mas continuarei brigando até o fim pelos meus direitos. Aguardem mais notícias sobre o caso. A TAM e todas as outras empresas de aviação precisam aprender a respeitar o direito dos consumidores. #tamfail

We built this city on rock n roll!

Dias intensos de compras, museus e coisas de trabalho, pra variar. Muitos livros, volta as origens, sci-fi e rock n roll. Em tempos, assisti Rock of Ages e valeu cada centavo! Musical com hard rock oitentista e com todos os cliches poseurs possiveis, so poderia dar muito certo. Mas, para alem dessas indulgencias consegui exatamente o que eu queria dessa viagem – mission accomplished – e agora esta me batendo aquela melancolia do retorno. Se tudo der certo, na terca feira estou por ai e o blog volta as suas atividades normais.

In New York freedom looks like too many choices (Bono)

Aproveito a chuvinha que cai aqui no Queens para dar uma breve atualizada nesse blog. As coisas andam corridas demais por aqui para que eu pare e poste. A conferencia foi bem bacana e depois passamos eu e Simone tres dias em Chicago, uma cidade bem vibrante! Desde quarta estou em New York passeando e resolvendo algumas questoes de trabalho. Alias, tenho que sair agora pois tenho uma reuniao hj a tarde em East Village. Nao desistam do blog meus poucos leitores que na semana que vem estarei de volta. 😉

You feel the deal is real…

>> Terminei agora pouco o prefácio de Os dias da Peste, romance de Ficção Científica do Fábio Fernandes que sairá final do ano pela editora Tarja Editorial de São Paulo – o livro está show de bola! … aguardem novidades sobre isso em breve e assim, encerro minhas tarefas da semana.

>> Bem, o blog vai dar um tempinho novamente, mas é por uma boa causa, embarco dentro de algumas horas para os Estados Unidos onde primeiramente vou participar do Internet Research 10: Internet Critical em Milwaukee. Não sei se consigo fazer uma cobertura do evento, mas vou dar uns pitacos via twitter, basta seguir a tag #ir10 e o meu perfil. De lá faço algumas paradas como Chicago, Boston e NYC, onde terei atividades de trabalho e também a lot of entertainment! E, como no meio disso vou perder o show do Depeche Mode em Buenos Aires e o show “das” Pet Shop Boys no Brasil, deixo uma homenagem à Big Apple feita pelas tias PSB e que define muito o Zeitgeist daquele lugar que eu amooo!! Adoro a parte do Studio 54 no video original 🙂

The street is amazing
The hoochies unreal

Check out all the hardware

At the latest deal
Hear a song

Thats the bomb
If you dont get the mix
Its got eighty-six

You feel the deal is real
Youre in new york city

New york city boy
Youll never have a bored day

cause youre a new york city boy

Where seventh avenue meets broadway

New york city boy

This is your reward day
cause youre a new york city boy

Where seventh avenue meets broadway

Alguns momentos da semana passada

cíntia, paula, ticiano e eu em momento cafezinho antes do evento

animação, buzz e conversação no espaço colaborafun no 3o. seminário
de blogs,
redes sociais e comunicação digital na Feevale (NH)

eu, luciana m (ufsm) e a galera sempre presente de santa maria

minha amigona MC perucando no espaço colaborafun

Rolando um synthpop durante o coffee break – toquei até Neuropa!

Banca de qualificação de mestrado do Ticiano Paludo na Famecos/PUCRS
– Gerbase, João Barone e eu

Minhas bonequinhas fofas: Manu e Julia, sobrinhas

Vou pra Porto Alegre, tchau!

Quando eu ando assim meio down
Vou pra Porto e bá! Tri legal

Coisas de magia, sei lá

Paralelo 30

Ufa, essa foi uma semana pesadíssima, trashmetal e noise total! Nem acredito mas consegui fechar a maior parte dos meus deadlines – pelo menos os mais importantes e urgentes e posso ficar mais descansada. Estou arrumando as malas para a terrinha. Na segunda e terça participo do 3o. Seminário de Blogs, Redes Sociais e Comunicação Digital na FEEVALE em Novo Hamburgo a convite das colegas Cíntia Carvalho e Sandra Montardo, organizadoras do evento que contará com a presença do colega Rogério Christofoletti, entre outros. Vou ministrar uma workshop na terça à tarde (dia 22/9, das 14h às 17h) sobre Plataformas de música online e ainda vai ter uma outra surpresinha preparada pela Paula Puhl, aguardem! Durante a semana também participo de banca de qualificação de mestrado na Famecos/PUCRS e depois sobra tempo para ver a família e os amigos. O blog vai ficar um tanto abandonado nesse meio tempo, mas estarei comentando os fatos mais relevantes dos eventos no Twitter, é claro! Sigam-me os bons rs!!!

Incursões urbanas em SP

O blog andou parado pois entre quinta e hoje estive em São Paulo a fim de renovar meu visto norte-americano, uma vez que em Outubro tem o painel sobre o Last.fm no Internet Research 10 (aliás, a programação oficial está nesse arquivo em pdf). Também comprei mais livros para a minha biblioteca sobre subculturas. Já estou lendo e depois eu comento por aqui. Além disso, dei uma respiradinha na “civilização” antes de voltar, porque a próxima semana será bem pesada por conta da volta às aulas das férias suínas. Cabe registrar através de imagens alguns bons momentos. MJ de volta como zumbi, o amigo e escritor de FC Fábio Fernandes, a estação da Luz steampunk rs, e a exposição O Francês no Brasil no o Museu da Língua Portuguesa.

Das escolhas e outras considerações…

Há algo que me intriga profundamente no ato de escolher. Uma ação trivial que pode levar a outros desdobramentos completamente distintos, dependendo de fragilidades tão humanas que tornam nossos tracejados mínimos em indícios de um outro devir, de uma realidade alternativa ou de outros mundos possíveis, como diria Umberto Eco e que os teóricos da sci-fi chamam de UR-Stories, ou o famoso What if? (E se..) que o Vigia do Tempo perguntava no início das narrativas em quadrinhos da Marvel que eu lia quando era pré-adolescente, no qual havia a possibilidade de espiar o que aconteceria em certas narrativas se o personagem estivesse em outro lugar ou dobrasse a esquina B em vez da A.

Toda essa introdução aparentemente sem sentido para dizer que novamente essa questão retornou ao centro das minhas atenções pessoais há algumas semanas após uma longa conversa no msn, depois ela voltou novamente ao assistir um dos últimos episódios de ‘How I met your mother”, chamado The right time, the right place em que vemos uma cadeia de eventos interligados culminarem em algo que provavelmente revelará o grande plot da série.

E tudo isso me lembrou uma música…

Fools, they think I do not know the road I’m taking
If you meet me on the way, hesitating
That is just because I know which way I will choose

The corridors of discontent that I’ve been travelling
On the lonely search for truth, the world’s so frightening
Nothing’s going right today cos nothing ever does

Oooo, I don’t wanna know your secrets
Oooo, they lie heavy on my head
Oooo, let’s break the night with colour
Time for me to move ahead

One of these days…

Como faz muito tempo que não faço minhas reclamações nesse blog, acho que tá valendo.

Tive um dia daqueles:

* fiz exame de sangue (tenho pânico de agulhas);

* rolaram sérios problemas com a conexão de casa;

* a rede caiu no meio de um exercíco da minha aula no laboratório de informática
e só voltou quase 30 min depois;

* e a pior notícia de todas: cancelamento do show do Sisters of Mercy em Curitiba. Agora preciso resolver o quebra-cabeça da agenda pra tentar assistir em SP em 06/6 e ainda resgatar a grana dos ingressos de volta. Se essa moda pegar *knock knock knock* é capaz de azarar a vinda do DM 😦

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One of these days when you sit by yourself
You’ll realise you can’t shaft without someone else
In the end you will submit
It’s got to hurt a little bit
(Subculture, New Order, 1985)